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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A 2ª REUNIÃO DA COMISSÃO TRIPARTITE - Negociação do PISO

A 2ª reunião da Comissão Tripartite aconteceu no dia 10/10/11, de 15 às 17 horas, na Cidade Administrativa, Gabinete do Secretário de Governo. Participaram da reunião representando o Governo do Estado: Danilo de Castro, Secretário de Estado do Governo; Renata Vilena, Secretária de Estado de Planejamento e Gestão; Ana Lúcia Gazola, Secretária de Estado da Educação e Flávio Henrique, Secretário Adjunto da Casa Civil. Os deputados estaduais que participaram da reunião foram: Adalclever Lopes, Antônio Júlio, João Leite, Sebastião Costa, Rogério Correia, PompílioCanavez, Duarte Bechir. Pelo Sind-UTE MG participaram: Beatriz Cerqueira, Lecioni Pereira Pinto, Marilda Abreu, Feliciana Saldanha (Comissão de Negociação). Nesta reunião foram discutidos dois pontos: pagamento/questões funcionais e Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).
1) Pagamento do salário/questões funcionais:

No que se refere a suspensão da publicação de férias prêmio, a Secretaria de Educação fará um levantamento de todos pedidos requeridos e não publicados, para, até 20/10, apresentar ao sindicato e resolver esta questão.

No que se refere ao pagamento, os deputados estaduais apresentaram a proposta do governo antecipar o pagamento integral do 13º salário para pagamento em outubro e realizar o pagamento antecipado dos meses de junho e julho. Quanto ao 13º, a resposta da operacionalidade deste pagamento será dada no dia 17/10. Quanto ao pagamento dos meses de junho e julho, o Governo fará uma consulta ao Tribunal de Contas e discutiremos na próxima semana.

O Sindicato reivindicou que os substitutos contratados fossem desligados imediatamente, mas a Secretaria de Educação afirmou que continuarão contratados.

Quanto à reposição aguardaremos a definição do pagamento que ocorrerá na próxima reunião para orientação à categoria.



2) Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN)

O governo apresentou três princípios para iniciar a discussão das tabelas do Piso Salarial:

a) o universo das carreiras atingidas pelo Piso Salarial

O Sindicato apresentou que as 8 carreiras da educação devem ser contempladas pelo Piso Salarial uma vez que exercem a função de docência ou de suporte pedagógico à docência. Apresentamos o conceito de unidade escolar descrito na Lei Estadual 15.293/04 (para definir quem de suporte pedagógico teria direito ao PSPN) e apresentamos a descrição das funções da carreira também prevista na Lei Estadual 15.293/04.

A Secretaria de Estado da Educação discorda da reivindicação e argumenta que somente professores e especialistas teriam direito ao Piso Salarial.

A discussão deste ponto será retomada na próxima reunião.

b) o Valor do Piso do MEC

Quanto ao valor do PSPN apurado pelo Ministério da Educação, lembramos que durante as reuniões com o Ministério Público, o Sindicato já havia se disponibilizado a discutir este valor. Reivindicamos que, uma vez que os impactos financeiros do Piso serão a partir de 2012, o valor não será mais R$1.187,00 e, para a negociação, deve ser considerado o reajuste anual projetado em 16%. Houve concordância de toda a comissão que o reajuste será considerado.

c) A aplicação da proporcionalidade

Também durante as reuniões com o Ministério Público já havíamos informado da disponibilidade do Sindicato em discutir o Piso com sua aplicação proporcional.

Próxima reunião: 17/10, às 15 horas, Cidade Administrativa.

Novamente o sindicato registrou a necessidade de agendamento de mais de uma reunião por semana.

Quanto à situação do designado, a Secretaria de Educação havia informado que não colocará obstáculo para que o servidor que participou da greve concorra à nova designação ainda este ano. Por isso, caso algum servidor seja impedido de concorrer à nova designação, deverá informar ao Departamento Jurídico do Sind-UTE/MG por meio da nossa advogada, Dâmaras Santos Oliveira.

COMO ESTÁ O PISO NACIONAL SALARIAL DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO NOS ESTADOS DA FEDERAÇÃO


Deu no PORTAL TERRA

http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/salarios-professores/

MAPA DO PISO DOS PROFESSORES

Com a recente ratificação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que institui o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, os governos precisam cumprir com o pagamento mínimo de R$ 1.187 para professores que têm uma jornada de 40 horas semanais. O Terra levantou com as secretarias de Educação os valores pagos em cada Estado e no Distrito Federal e, nos seis que ainda não pagam o piso, questionou o que pretendem fazer para se enquadrar à legislação. Confira quanto ganham os professores estaduais no País.

GOVERNOS QUE PAGAM ACIMA DO PISO NACIONAL

== Amazonas ==
R$ 952,51 (20h)
Situação: para estar enquadrado dentro do piso nacional de 40 horas, o salário-base do professor de nível médio deve ser de, no mínimo, R$ 593,50 para a jornada de 20 horas. Desta forma, o pagamento é superior ao piso

== Acre ==
R$ 1.296 (40h)
Situação: paga acima do piso.

== Roraima ==
R$ 1.399,64 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Rondônia ==
R$ 1.470 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Mato Grosso ==
R$ 1.873,02 (30h)
Situação: para se estar enquadrado dentro do piso nacional de 40h, o salário-base do professor de nível médio deve ser, no mínimo, R$ 890,25 para a jornada de 30 horas. Assim, o MT paga acima do piso.

== Tocantins ==
R$ 1.239,31 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Distrito Federal ==
R$ 2.260,08 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Mato Grosso do Sul ==
R$ 1.193,40 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Paraíba ==
R$ 926,17 (30h)
Situação: para estar enquadrado dentro do piso nacional de 40 horas, o salário-base do professor de nível médio deve ser de, no mínimo, R$ 890,25 para a jornada de 30 horas. Desta forma, PB paga acima do piso

== Bahia ==
R$ 1.385,98 (40h)
Situação: paga acima do piso.

== Espírito Santo ==
R$ 1.540,99 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Rio de Janeiro ==
R$ 877,91 (16h)
Situação: para se estar enquadrado dentro do piso nacional de 40h, o salário-base do professor de nível médio deve ser, no mínimo, R$ 474,80 para a jornada de 16h. Assim, o RJ paga acima do piso.

== São Paulo ==
R$ 1.894,12 (40h)
Situação: paga acima do piso

== Paraná ==
R$ 1.699,95 (40h)
Situação: paga acima do piso

GOVERNOS QUE PAGAM O PISO NACIONAL

== Piauí ==
R$ 1.187 (40h)
Situação: paga o piso

== Ceará ==
R$ 1.187 (40h)
Situação: No dia 29 se setembro foi aprovado, em caráter de urgência, o projeto de lei do governo do Estado que estabelece um salário base de R$ 1.187. Até então o vencimento base da carreira era de R$ 739,84. Mas como o reajuste beneficiou apenas os professores de nível médio, não repercutindo na carreira dos demais, muitos seguiram os protestos

== Rio Grande do Norte ==
R$ 890 (30h)
Situação: para se estar enquadrado dentro do piso nacional de 40h, o salário-base do professor de nível médio deve ser, no mínimo, R$ 890,25 para a jornada de 30 horas. Assim, o RN paga o piso

== Pernambuco ==
R$ 1.187,97 (40h)
Situação: paga o piso.

== Alagoas ==
R$ 1.187 (40h)
Situação: paga o piso

== Sergipe ==
R$ 1.187 (40h)
Situação: paga o piso

== Santa Catarina ==
R$ 1.187 (40h)
Situação: paga o piso
Como atingiu o piso:
O pagamento do piso foi definido em junho, após dois meses de greve dos professores. Apesar do reajuste, o sindicato afirma que houve uma deformação na carreira e, por isso, há um grupo de trabalho que negocia a reformulação da carreira dos professores com o governo do Estado

GOVERNOS QUE PAGAM ABAIXO DO PISO NACIONAL

== Rio Grande do Sul ==
R$ 862,80 (40h)
Situação: faltam R$ 324,60 para atingir o piso
Como atingir o piso:
O Estado assumiu o compromisso de adotar o piso até 2014. Um cronograma de implantação está em estudo e deve ser apresentado para a categoria

===== Minas Gerais =====
R$ 369 (24h)
Situação: para estar dentro da lei, o salário-base do professor de nível médio deve ser, no mínimo, R$ 712,20 para a jornada de 24h. MG, portanto, paga abaixo do piso. Faltam R$ 343,20 para atingi-lo
Como atingir o piso:
No começo deste ano, o Estado criou um sistema facultativo que incorpora as gratificações ao vencimento básico. Desta forma, o salário dos professores de nível médio que optaram pelo modelo de subsídio sobe para R$ 1.122 na carga horária de 24 horas semanais.
Para quem segue no modelo antigo de remuneração, o governo diz já ter enviado para a Assembleia um projeto que eleva o salário para R$ 712,20. Se aprovado, começará a ser pago a partir de janeiro de 2012.
Em setembro, após 112 dias de greve, os docentes firmaram acordo com o governo para renegociar o piso de forma a redefinir um plano de carreira que permita aumento para toda a categoria de forma proporcional, e não apenas para quem recebe hoje abaixo do piso nacional.

== Goiás ==
R$ 1.006 (40h)
Situação: pagamento abaixo do piso; faltam R$ 181 para atingir o piso
Como atingir o piso: O Estado assumiu o compromisso de conseguir recursos para pagar o piso à categoria ainda este ano. O governo chegou a pedir ajuda ao Ministério da Educação (MEC) para complementar o valor necessário - um acréscimo de 100% no orçamento destinado à educação - para cumprir com a lei.

== Maranhão ==
R$ 427,49 (20h)
Situação: para estar enquadrado dentro do piso nacional de 40 horas, o salário-base do professor de nível médio deve ser de, no mínimo, R$ 593,50 para a jornada de 20 horas. Desta forma, o valor de R$ 427,49, informado pelo sindicato da categoria, estaria abaixo do piso. Faltam R$ 166,01 para atingir o piso.
Como atingir o piso: Segundo a secretaria de Educação, a remuneração mensal no Estado já é de R$ 1.631,69 (20h). Esse valor, contudo, é constituído de vencimento básico acrescido da Gratificação de Atividade do Magistério (GAM). O órgão não informou o valor do vencimento básico, mas afirmou que, conforme determinação do STF, cumprirá o piso salarial nacional estabelecido

== Pará ==
R$ 1.121,34 (40 h)
Situação: faltam R$ 65,66 para atingir o piso
Como atingir o piso: O Pará foi o primeiro Estado a protocolar ofício ao Ministério da Educação, apresentando a necessidade de complementação financeira para pagar o piso. Apesar de ainda não ter recebido o recurso da União, o governo afirma que repassa 30% da diferença entre a remuneração paga e o piso nacional (R$ 28,19) no vencimento base. Antes, o piso para professores de nível médio era R$ 1.093

== Amapá ==
R$ 1.032 (40h)
Situação: faltam R$ 155 para atingir o piso
Como atingir o piso: O governo diz que trabalha para cumprir o piso. A meta é incorporar a regência de classe (benefício de 100% pago aos professores que trabalham em sala de aula) ao salário