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quinta-feira, 28 de julho de 2011

RAZÕES PARA NÃO PARTICIPAR DE GREVES

"Aconteceu em Ipatinga... Joana Darc, catadora de recicláveis e mãe de aluna de escola em greve, dá uma verdadeira aula de cidadania que deveria ser assistida pelos políticos e pelos colegas que ainda não entraram em greve. Você se emocionou com o discurso de Amanda Gurgel? Então, prepare-se... assista e envie este link http://youtu.be/CVOAW6T8A5oa todos os seus colegas professores, sobretudo aos que insistem não entrar em greve, qualquer que seja o motivo:

Aos que não entram por medo simplesmente (Medo de quê? De conquistar algo que você ache que não mereça?).

Aos que não entram por ter prestação de carro para pagar (Já pensou nos inúmeros colegas que nem sequer podem sonhar com isso?).

Aos que não entram porque têm que pagar a faculdade dos filhos (Já imaginou que muitos de nós já vivemos sem essa perspectiva?)

Aos que não entram porque seus filhos não dependem da escola pública (Seus filhos vivem em que mundo? Os caminhos deles constantemente se cruzam com os daqueles alunos da escola pública).

Aos que não entram por não querer ficar mal diante da direção (Você está aí por mérito seu ou tem de viver puxando o saco dos outros?)

Aos que não entram por não querer prejudicar os alunos (Eles não são prejudicados todos os dias ao não ter uma educação de qualidade, muitas vezes por nossa culpa que somos coniventes com a situação?).

Aos que não entram por terem medo de não fechar o ano (Prefiro perder um ano inteiro lutando do que passar o resto da vida me curvando diante de tiranos como este governo).

Aos que não entram porque têm um cargo de confiança (Será que não vale muito mais contar com a confiança de seus comandados? Aliás, eles te ajudaram a chegar aí).

Aos que não entram porque pensam que não vai dar em nada (Não dá em nada é ficar sentado reclamando da vida, do governo, do aluno, da família... e não fazer nada para mudar a situação).

Aos que não entram por achar que estão preparando seus alunos para o ENEM (Preocupemo-nos em dar-lhes uma boa formação política também. Aí, teremos escolas públicas que competem de igual para igual com as escolas privadas).

Aos que não entram para fazer média com os alunos (Saibam que os alunos têm um código de ética e, professores que traem os colegas, não são bem vistos).

Aos que não entram porque já estão satisfeitos com o que ganham (Só porque você não merece mais, não quer dizer que os outros não mereçam. Façam um documento público abrindo mão dos benefícios alcançados com a greve).

Chega de ficar procurando motivos para não participar! Você tem mais motivos para lutar pelo nosso Piso!!!

Eequiel d dias

quarta-feira, 27 de julho de 2011

IMPORTANTE! Mais uma notícia sobre a professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte

Lembra da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte?


Pois ela acaba de recusar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″ do Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE).

Em carta, a professora Amanda expõe seus motivos. Diz que sua luta é outra e que espera para debater a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”. (plim-plim)!



Por que não aceitei o prêmio do PNBE





Oi,



Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.





Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.





Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.



Amanda





Natal, 02 de julho de 2011



Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,



Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.





Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.





A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.





Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.





Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.





Saudações,

Professora Amanda Gurgel

Entenda o que é o PNBE, que já premiou a Rede Globo.



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terça-feira, 26 de julho de 2011

MOVIMENTO CATRUMANO

MOVIMENTO CATRUMANO


É um movimento que nasceu em 2005 articulado por intelectuais, artistas e políticos do Norte de Minas. O seu objetivo é criar um plano de desenvolvimento para essa região, identificando e aproveitando todas as suas potencialidades nos campos da: agrícultura, pecuária, industria, turismo e cultura. Dentro de tal propósito, o movimento reflete sobre a história de Minas Gerais e coloca em questionamento a forma como ela foi escrita e transmitida. Acredita-se que desinformações na história desse estado, pelo menos, no que concerne a sua região norte, ao longo do tempo, vem prejudicando-a gravemente.

A história oficial não informa sobre o papel desempenhado pelo Norte de Minas na fundação e consolidação do Estado de Minas Gerais. Segundo o Professor João Batista Costa, pesquisador da Unimontes e principal articulador do Movimento Catrumano, o Norte de Minas constituiu-se antes mesmo de Mariana, reconhecida pela constituição Mineira como local único de fundação do Estado. "Em meados do século 17, enquanto a região das Minas se formava em Mariana, os Gerais surgiam no atual município de Matias Cardoso, no Norte de Minas. É essa articulação que compõe o nosso Estado, portanto, ela precisa ser oficialmente reconhecida, diz o professor. Ele também afirma em sua tese de doutorado que a primeira igreja de Minas Gerais foi construída em Matias Cardoso, município que também deu origem à primeira paróquia do Estado. "Isso comprova o pioneirismo do Norte em todos os aspectos, inclusive no religioso", afirma João Batista.

Na verdade, nós, "catrumanos", reconhecemos a importância de Mariana na fundação do Estado, mas queremos também que Matias Cardoso seja incluído nessa história e, para isso, é preciso o apoio de todos os setores representativos da região.

Com a convicção da importância desse Movimento é que criei este blog. Este será mais um espaço de difusão dessa idéia. Aqui, divulgarei tudo sobre a catrumania: textos científicos, jornalísticos, literários, letras de músicas, gravações musicais de autores da região e outras ricas manifestações culturais de nosso povo

segunda-feira, 25 de julho de 2011

CORREÇÃO DE UM ERRO DE CONCORDÂNCIA VERBAL

Companheiros,
Ao reler o texto que escrevi sobre o Piso Nacional da Educação, descobri um erro de concordância. No trecho em está escrito: "gente que não traem a classe, que são conscientes de seus direitos, que dignificam sua categoria", por favor, troque a palavra gente por educadores. Desculpem-me.

domingo, 24 de julho de 2011

PISO SALARIAL PROFISSIONAL NACIONAL

Companheiros,




A Lei 11.738 é a que regulamenta o piso nacional para os profissionais do magistério público da educação básica.

Entende-se que tais profissionais sejam aqueles que desempenham as atividades de docência ou as de suporte pedagógico à docência, isto é, direção ou administração, planejamento, inspeção, supervisão, orientação e coordenação educacionais, exercidas no âmbito das unidades escolares de educação básica, em suas diversas etapas e modalidades, com a formação mínima determinada pela legislação federal de diretrizes e bases da educação nacional.

A Lei 11.738 vigora desde 1º de janeiro de 2008 e já deveria ser acatada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios também desde esta data.

O art. 6º desta Lei estipulou prazo até 31 de dezembro de 2009 para que estados, municípios e o Distrito federal constituíssem seus planos de carreira do magistério aos preceitos da lei federal. Portanto, os entes que não cumpriram este preceito, ou aqueles que estejam remunerando abaixo do piso nacional, devessem ser denunciados aos ministérios públicos estaduais e federal.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE – mantém um entendimento de que o PSPN deveria ter sido corrigido, a partir de janeiro de 2009, sobre o percentual aplicado ao valor mínimo do Fundeb, a cada ano, conforme dispõe a Lei 112.494, isso porque 60% do valor per capita do Fundo, previsto para a vigência anual, destina-se à remuneração dos profissionais do magistério. Por esta lógica, o Piso, em 2010, corresponde a R$1.312,85 e passará a ser de R$ 1.513,58, em 2011, caso o percentual de reajuste se mantenha em 15,29%. Porém, ao arrepio da Lei, o Ministério da Educação, baseado em parecer da Advocacia Geral da União, considerou o Piso Nacional, em 2010, no valor de R$1.024,67. Isso, de acordo com a atual previsão de reajuste, elevaria o Piso à quantia de R$ 1.181,34 na visão dos gestores.

Os profissionais do magistério público da educação básica do município de Montes Claros – MG, a partir do mês de agosto de 2011, começam a receber seus salários de acordo com o Piso Nacional. O prefeito Luis Tadeu Leite merece nossos aplausos por ter acatado a Lei 11.738, apesar do atraso, mas sem que precisasse do desgaste com greve, diferentemente de como está acontecendo com o governador Fora da Lei, Antonio Anastasia. Vamos “dar a César o que é de César”, porém, vamos também “tirar de César o que não é de César”. Tem gente achando que Tadeu é herói. Ele nunca foi herói aqui nem na p q o p. Os verdadeiros heróis dessa Lei são os sindicalistas da educação desse Brasil a fora; são os(as) trabalhadores(as) da educação que jamais se renderam às injustiças; são os(as) professores(as) que não medem esforços nem sacrifícios para lutar pelas sua dignidade e a dignidade de seus filhos, de sua família; gente que não trai a classe, que é consciente de seus direitos, que dignifica sua categoria. Não são aqueles colegas acomodados, covardes, egoístas. “Quem luta também educa”. Quem luta não colabora para a formação de uma sociedade resignada; quem luta ensina, com seu próprio exemplo, para seus filhos e alunos a jamais se curvarem frente às injustiças patronais.

SAUDAÇÕES AOS GREVISTAS, NOSSOS VERDADEIROS HERÓIS!!!

Prof. Minervino (Chinês) 24 -07 2011